Entre o agora e o nunca

Desde o início, eu me conectei com a Camryn. Senti a dor dela, a sensação de não pertencer mais a lugar nenhum, de querer fugir sem saber exatamente do quê. E talvez por isso esse livro tenha mexido tanto comigo. Porque quem nunca pensou em simplesmente largar tudo e sair por aí, em busca de si mesma? Quando ela entra naquele ônibus e cruza com Andrew Parrish, eu sabia que algo muito intenso viria. E veio. A conexão entre eles é construída com uma delicadeza que me prendeu. Andrew não é apenas o mocinho encantador — ele é imperfeito, vulnerável, e isso só o torna mais real. O jeito como ele enxerga a Camryn, como a desafia a sair da bolha que ela mesma criou, é simplesmente lindo. A narrativa alterna entre os pontos de vista deles, e isso fez com que eu me sentisse ainda mais próxima dos dois. Foi como viajar com eles — rir, sofrer e me apaixonar junto. As conversas no carro, os motéis de beira de estrada, os silêncios cheios de significado... tudo isso constrói uma atmosfera quase cinematográfica. A autora fala de dor, luto, reencontros e, principalmente, de liberdade. E não a liberdade clichê, mas aquela real — de viver intensamente, de se permitir sentir, de largar o medo e se entregar ao agora. Quando terminei, fiquei um tempão olhando pro nada, com o coração apertado e ao mesmo tempo grata. "Entre o Agora e o Nunca" não é só um romance. É uma lembrança de que a vida acontece nas escolhas corajosas — e que o amor, quando verdadeiro, não prende, mas liberta.